" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Inflação no Brasil é duas vezes maior que a média dos 20 maiores países


Por Cláudio Santos
A inflação anual do Brasil até agosto foi o dobro da média dos países do G20, aponta relatório publicado nesta segunda-feira (14) pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
A taxa brasileira foi de 6,09% (segundo o IPCA, Índice de Preços ao Consumidor-Amplo, índice oficial medido pelo IBGE), contra uma média de 3% do grupo dos 20 países mais ricos do mundo, calculada pelo Índice de Preços do Consumidor do G20.
Vale destacar que a inflação brasileira está em um nível intermediário em comparação a outros países do G20 - é a sétima taxa mais alta.
Outros emergentes apresentaram pressão de preços bem maior nos 12 meses até agosto: na Índia, a inflação foi calculada em 10,7%; na Argentina (onde foram usados índices oficiais, considerados inferiores aos calculados pelo mercado), 10,5%; na Turquia e na Índonésia, o índice ronda os 8%.
O índice do G20 é calculado pela OCDE com base em variações de preços de uma cesta de produtos e serviços típicos, de 15 países membros do grupo e com base na média da inflação medida nos países da União Europeia.
Segundo o relatório, o índice evidencia 'padrões divergentes (de inflação) entre as maiores economias do mundo'.
'Índia, Argentina, Indonésia e Turquia tiveram as maiores taxas anuais de inflação - iguais ou superiores a 8% - em agosto, enquanto Japão, França, Canadá e Itália tiveram as taxas anuais mais baixas - entre 0,9% e 1,2%'.
Juros
A inflação acumulada já sofreu leve redução em setembro em relação ao índice de 6,1% usado pela OCDE, de agosto.
O IPCA dos 12 meses até setembro foi de 5,86%, segundo o IBGE - e esta foi a primeira vez no ano que o índice ficou abaixo dos 6%.
O aumento dos preços, no entanto, continua a ser uma das principais dores de cabeça do governo. Na semana passada, o Banco Central elevou a taxa básica de juros (Selic) de 9% para 9,5%, com a justificativa de que isso 'contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano'.

Nenhum comentário:

Postar um comentário